A esposa de Martinho Lutero era fazendeira, administradora
marcante, mulher nada convencional para sua época. Uma mulher forte e ousada diferente das mulheres
do século XVI. Apesar de ser conhecida por causa do ilustre marido, Catarina
Von Bora sem dúvida foi uma personagem importante da reforma Alemã. É com essas e mais algumas palavra que Ruth A. Tucker retrata à esposa de Martinho Lutero na
Sinopse do livro A primeira dama da Reforma, publicado pela Editora Thomas Nelson.
A
esposa de Martinho Lutero sempre foi motivo de curiosidade para quem
sabe da importância desse grande reformador. Como ela era? Como vivia? Até onde
foi sua influência na vida do marido? Esses sãos alguns questionamentos sem
respostas que o livro A primeira dama da reforma tenta desvendar através das
cartas de seu marido e relatos escritos daqueles que conviveram com ele, porque
na verdade não existe muita coisa que possa ajudar a desvendar o mistério que
foi a vida da esposa de Martinho Lutero.
O livro começa narrando a história daquelas meninas que por
decisão dos pais começavam viver suas vidas para Jesus na clausura de um
convento sem contato com o mundo lá fora ainda tão novas, algumas como Catarina
Von Bora com cinco anos, a idade que precisava tanto do aconchego familiar. Traz
uma exposição de como era a vida de uma jovem freira em uma época que as
mulheres não podiam decidir como seriam suas vidas, fala da fuga de Catarina e
os riscos que ela correu por sua rebeldia. Sua fé, seu casamento, seus filhos e
suas habilidades como uma mulher nada convencional para aquela época. No livro
Catarina é vista como a personagem mais indispensável da reforma Alemã depois
do próprio marido, mas sua importância é retratada pela estabilidade que ela
trazia a vida do marido, pelo cuidado que ela tinha em manter a casa em ordem
na presença e ausência de Martinho Lutero, porque sabia administrar as finanças da família (coisa que ele fazia muito mal), e principalmente por zelar pelas pessoas necessitadas que chegassem
até ela, mas não por sua fé, a fé de Catarina não era como a do marido. Em
minha opinião ela é retratada como a mulher de Provérbio 31 onde conhecemos
toda sua habilidade em administrar os bens da família, cuidar dos filhos, mas
não sabemos muito sobre sua fé, mesmo assim é uma mulher
virtuosa. Catarina era uma mulher talentosa, até hoje é lembrada por sua arte e talento em fazer cerveja, aliás, para Martinho a melhor cerveja mas não é atoa, a habilidade de Catarina em fazer cerveja tem chamado a atenção dos cervejeiros artesanais dos tempos atuais. Os cervejeiros Alemãs são particular mente orgulhosos de a terem como parte de sua herança e incluem esse fato nos seus anúncios de cervejas leves. Pág. 133.
Como falei anteriormente, o livro é uma narrativa baseada em
escrito encontrados de Martinho Lutero a seus amigos ou a própria Catarina e
suposições, não existe nada que tenha sido tirado de alguma carta ou qualquer
escrito da esposa de Martinho Lutero, pelo visto ela não se dava ao prazer de
escrever cartas, ou se escrevia essas se perderam, nos deixando sem qualquer
informação que tivesse vindo da própria Catarina, mesmo assim considero uma ótima
leitura, embora, durante a leitura, às vezes senti a sensação que estava lendo
um livro sobre Martinho Lutero e não sobre sua esposa. Acredito que tenha sido
muito difícil para a autora escrever sobre uma mulher que teve uma vida
extraordinária mas que em minha opinião acaba sendo ofuscada pela vida ilustre
e marcante do próprio marido.
Trechos do livro:
O
trabalho na fazenda por si só é um aspecto fascinante da vida de Catarina,
mesmo ela tendo empregados trabalhando para si. Pág. 127.
As
preocupações de Catarina não eram banais. Ela poderia citar facilmente
tragédias terríveis, pessoais e públicas que poderiam se repetir de uma forma
ou de outra. Pág. 155.
Catarina
se preocupava com o dinheiro, a lavoura, o tempo e as pragas, com as reformas e
os filhos. Mas, acima de todas as suas preocupações, estava a preocupação com
Martinho Lutero. Pág. 154
Para
Catarina Von Bora, entretanto, uma carruagem puxada por cavalo era o único conversível
disponível. Pág. 47.
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